24 março 2010

A Equoterapia e seus Benefícios

A Equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo e o movimento tridimensional do seu dorso como um mediador e incentivador de ganhos físicos, psíquicos, cognitivos e sociais para crianças e adultos deficientes e/ou com necessidades especiais. Estão envolvidos nesse setting terapeutico profissionais das áreas da saúde, educação e equitação. Dependendo da patologia em questão essa terapia pode ser considerada principal ou complementar como, por exemplo, casos em que a criança e/ou adulto não se adaptam a terapias convencionais.


O cavalo trás diversos benefícios para quem está montado. O passo do cavalo é bastante semelhante ao andar humano, e é esse o motivo principal dos benefícios trazidos para o praticante, pois quando montado o cérebro interpreta as informações enviadas via medula como se a pessoa estivesse andando. O cavalo e o trabalho da equipe promovem:
  • Ajuste tônico
  • Melhora do Equilíbrio
  • Alinhamento corporal
  • Melhora na Coordenação motora
  • Dissociação dos movimentos
  • Melhora da Respiração e Circulação
  • Integração dos sentidos
  • O desenvolvimento da fala e linguagem
  • Melhora a Cognição
  • Benefícios Psicológicos e Sociais

Como todo e qualquer tratamento a Equoterapia também possui suas indicações e contra-indicações. São elas:

Indicações:

  • Paralisia Cerebral
  • Epilepsia
  • Seqüelas de AVE (Acidente vascular encefálico)
  • Seqüelas de TCE (Traumatismo crânio-encefálico)
  • Síndromes (Down, Rett, X frágil, Landau-Kleffner, West, Soto...)
  • Deficiência Mental
  • Autismo
  • Psicoses
  • TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade)
  • Dificuldade de Aprendizagem
  • Distúrbios sensoriais (deficiência visual e auditiva)
  • Distúrbios emocionais (estresse, ansiedade...)
  • Geriatria

Contra-indicações:

  • Instabilidade Atlantoaxial (presente em alguns portadores da Síndrome de Down)
  • Cardiopatias agudas
  • Hérnia de disco
  • Osteoporose
  • Hemofilia
  • Leucemia
  • Epilepsia não controlada
  • Doenças em fase aguda

Há alguns casos em que se deve ter uma maior preocupação e cuidado na prática equoterápica, como os casos de alergia ao pelo do animal, praticantes com hidrocefalia com válvula e atividade reflexa intensa. Esses tipos de praticantes não são contra-indicados absolutos, mas se deve ter um maior cuidado e buscar alternativas para que eles também possam desfrutar dos benefícios da equoterapia, como por exemplo, usar uma manta de tecido para evitar que o praticante entre em contato com o pelo da animal, evitando assim que ele tenha alergia. Em casos de crianças com atividade reflexa intensa pode-se posiciona-la corretamente sobre o cavalo e usar pontos chaves de inibição reflexa – Conceito Bobath.

Fga. Débora Pousa Diretora administrativa financeira do CERN

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