02 agosto 2010

O VALOR DA EQUITAÇÃO

"Nó nas rédeas, abandonar estribos, cruzar loros, mão na nuca, olhar para frente! TROOOOTE!"
Lá íamos um tanto quanto desajeitados, aos trancos na sela parecendo sacos de batatas. Titubeantes, nem sempre com as mãos e pernas nos lugares certos, fazíamos mil ginásticas e caretas para não cair.
De repente, o chão. O tombo vinha sem que a gente entendesse e tão súbito quanto o grito do instrutor: "Quem mandou apear? Monta de novo, TCHÊ!"
Os dias passaram e vemos agora, quanta coisa de bom nós aprendemos com nosso "nobre amigo". Aprendemos a conservar-nos calmos diante do perigo, e solucionar rapidamente as soluções imprevistas.
Violenta e alegre, rápida e divertida, a equitação é a escola da fibra e da bravura. Os que se deixam afrouxar não têm vez nesse ambiente rústico, que mistura o suor de cavalos e cavaleiros e a poeira dos campos.
À equitação devemos o enriquecimento das nossas relações humanas, de sinceras amizades que para sempre haveremos de nos lembrar pelos caminhos da vida.
Ali, com emoção, de camisas suadas, depois de um difícil exercício na pista ou picadeiro, e formados em fileiras, ouvimos do instrutor muitas vezes: "FESTA NA CAVALHADA".
Por mais forte que seja a instrução, sempre vemos no rosto de cada um de nós um sorriso de satisfação.
Nas duras batalhas da vida, onde nunca faltarão quedas, teremos sempre coragem para levantar depressa e montar outra vez, firmes, a olhar em frente. Isto nós aprendemos no doce abrigo do lombo leal amigo, o CAVALO.

 Cad. Lucas

(Texto de encerramento do 20º Curso de Equitação para Equoterapia – ANDE, Brasília, 2010)

Débora Pousa.
Fonoaudióloga, Equitadora e Diretora do CERN.

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